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Bullying na escola: o papel da instituição de ensino

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O termo bullying tem origem na palavra inglesa “bully”, que, em tradução literal, significa “valentão”. Refere-se a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, sem motivação clara.


O bullying é feito por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar ou agredir pessoas que não têm possibilidade ou capacidade de se defender. As manifestações ocorrem em relações com evidente desigualdade de forças ou poder.


Os profissionais da educação têm imensa responsabilidade na formação de indivíduos comprometidos com a ética. E isso vai além dos bancos escolares. Um educador considera os seres em sua complexidade, e isso envolve a forma como se relacionam com o outro.



O papel da escola em relação ao bullying


A convivência na escola envolve toda a comunidade educativa: gestores, professores, funcionários, alunos e familiares. Então, para prevenir e deter situações violentas como o bullying é indispensável promover o fortalecimento de uma cultura democrática e a igualdade de direitos.


“O papel da escola começa em admitir ser um local passível de bullying”, avalia a psicóloga Anete. “Por isso, a instituição deve informar professores, alunos e funcionários sobre o que é e deixar claro que não admitirá a prática.”


Outro papel da escola é estar muito bem esclarecida e atualizada em relação ao universo do bullying. É fundamental capacitar os docentes sobre o assunto. Afinal, são eles que podem identificar os atores do fenômeno: agressores e vítimas.



Capacitar professores para combater o bullying


Com toda a certeza, a reflexão, o debate e os acordos firmados em encontros com os docentes da instituição são a pedra fundamental para resolver o problema do bullying na escola.


Sobretudo, porque são os professores que convivem diariamente com os alunos e, por isso, conhecem a situação que vive cada grupo. Assim, são percebidos como adultos de confiança e se tornam referências mais próximas para as crianças, os adolescentes e as suas famílias.


É importante que, nesses encontros, sejam elaboradas novas estratégias de abordagem do bullying. Também, são momentos oportunos para os professores exporem dúvidas, medos e emoções que surgem quando se enfrenta esse problema.



Toda a instituição de ensino contra o bullying


As expressões escola e bullying não deveriam, jamais, estar em uma mesma frase. Todavia, infelizmente, esse encontro acontece, e muito, em várias etapas do ensino e em instituições públicas e privadas.


Por mais desagradável que seja, e até mesmo chocante, falar, discutir e informar sobre o fenômeno bullying é algo bom e necessário.


Afinal, mesmo quando são invisíveis, o bullying deixa marcas nocivas na vida das pessoas. Somente o conhecimento, aliado à empatia e à boa vontade, que pode mudar esse cenário de crueldade.


Portanto, ao atuar contra o bullying na escola, toda instituição de ensino deve:

  • estar consciente e alerta a sinalizadores de possíveis relações desiguais;

  • não aceitar – jamais – a violência como possibilidade;

  • agir para evitar e prevenir todas as formas de violência;

  • educar para a ética e a sensibilidade.



 

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